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História do município

A princípio, a pequena localidade de Morro Dantas, posteriormente conhecida como Morro da Escola, ficava praticamente isolada, sendo ligada apenas por uma trilha ao Rio Itaúnas. Daí, por via fluvial se estabelecia a conexão ao Povoado de Pai João, no município de Conceição da Barra.

No ano de 1942, chega à região a senhora Júlia Bonelar Dutra e instala uma pequena pensão e um comércio de cereais. Ainda neste ano, vindo de São Mateus, chega o senhor Pedro Canário Ribeiro, baiano, para administrar as terras herdadas pela família.

Em 1943, com a vinda da Cia. Industrial de Madeira teve início à fase de extração. Abriu-se uma estrada ligando a localidade de Império (onde hoje é o município de Pedro Canário) ao Rio Itaúnas. A madeira seguia pelo rio até o povoado de Pai João e daí, por via férrea, até a serraria da companhia em Conceição da Barra.

Em 1944 foi construída a estrada unindo Morro Dantas a Nanuque, passando pela Vila de Taquaras, então sede do distrito. Esta via trouxe maior movimento ao lugarejo na época e ainda hoje, conserva o traçado original.

Em 1948, outra estrada é aberta. Desta feita ligando Braço do Rio Preto a Morro Dantas. Na ocasião também foi construída uma ponte de madeira sobre o Rio Itaúnas.

No ano seguinte, 1949, o senhor Pedro Canário Ribeiro abre sua pensão e um pequeno comércio de secos e molhados. O local transformou-se em referencial dos caminhoneiros que se dirigiam a Nanuque ficando conhecido como parada Pedro Canário, de onde se originou o nome do município.

O início dos anos 50 é marcado por violentos processos de expulsão de posseiros da área rural. Como não havia documentação que regularizasse a posse da propriedade, todos que se sentiam agredidos por invasão utilizavam-se de métodos pouco ortodoxos para fazer valer seus direitos.

Em 1951, uma ponte de concreto substitui a antiga ponte de madeira sobre o Rio Itaúnas, a qual era constantemente avariada pelas chuvas e enchentes.

No ano de 1953 instala-se em Pedro Canário a Fazenda Paulista (posteriormente fazenda Klabim) para desenvolvimento de lavoura cafeeira. A nova atividade agrícola atrai farta mão de obra à região, coloca o café como item de destaque na economia local e responsável direto pela ascensão dos povoados em seu entorno.

No mês de julho de 1957, chega ao povoado a empreiteira responsável pela construção do trecho São Mateus-ES/ Mucuri-BA, da atual BR 101, concluído em 1962. Este advento foi o grande propulsor do povoado de Pedro Canário. A terra rural é supervalorizada e surgem os primeiros loteamentos urbanos que formaram a sede do município.

Nesta época teve início o programa de Erradicação do café, o que provocou o declínio dos povoadores de Nova Canaã e Água Preta.

Já na década de 70, com o advento da BR 101 e o desvio do tráfego rodoviário para esta via, efetivou-se o esvaziamento da antiga sede do distrito – a Vila de Taquaras. Em contrapartida no povoado de Pedro Canário instalam-se diversos estabelecimentos comerciais, serrarias, agência bancária, hospital. Cresce o conglomerado urbano atraído pela nova função de entreposto comercial do povoado.

Provocando grande influência na economia regional desenvolvem-se as indústrias de farinha e as usinas produtoras de álcool e açúcar. Também por esta ocasião tem início as atividades de silvicultura com plantio de eucalipto para produção de carvão (Acesita) e posteriormente para produção de papel e celulose (Aracruz). Estas atividades provocaram um processo de concentração fundiária em razão das vastas áreas exigidas pela cultura e consequentemente iniciou o êxodo rural dos pequenos proprietários que negociavam suas terras e instalavam-se na sede na expectativa de melhoria de vida.

Como reflexo destes fatores, o distrito de Taquaras passa a ser denominado Pedro Canário pela lei nº 3.383, de 27-11-80, publicada no Diário Oficial em 29-11-80.

Em 23 de dezembro de 1983, Pedro Canário foi emancipado pela Lei nº 3.623 e tornou-se o 58º município do Estado do Espírito Santo. Teve seu primeiro processo eletivo em 16-12-84 e foi definitivamente instalado em 12-01-85.

O primeiro prefeito municipal foi Francisco José Prates, seguido por Mateus Vasconcelos, Mozart Moreira Hemerly, Ataídes Canal, Antônio Wilson Fiorot e atualmente Bruno Teófilo Araujo.

Economicamente o município destaca-se na produção agrícola em cultura como mamão, abóbora, mandioca, pimenta do reino, laranja, maracujá entre outras. A pecuária de corte e leite também exercem grande influência.

Gentílico: canariense

 

Formação Administrativa

Distrito criado com a denominação de Taquaras, pela lei estadual nº 265, de 22-10-1949, subordinado ao município de Conceição da Barra.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o distrito permanece no município de Conceição da Barra.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-I-1979.

Pela lei estadual nº 3383, de 27-11-1980, o distrito de Taquaras passou a denominar-se Pedro Canário.

Elevado à categoria de município com a denominação de Pedro Canário, pela lei estadual nº 3623, de 23-12-1983, desmembrado de Conceição da Barra. Sede no atual distrito de Pedro Canário (ex-Taquaras). Constituído de 2 distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte. Instado em 12-01-1985.

Pela lei estadual nº 4073, de 11-05-1988, é criado o distrito de Cristal do Norte e anexado ao município de Pedro Canário.

Em divisão territorial datada de o município é constituído 2 distritos: Pedro Canário e Cristal do Norte.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

 

Alteração toponímica distrital

Taquaras para Pedro Canário, alterado, pela lei estadual nº 3383, de 27-11-1980

Fonte: IBGE

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